A França é o principal produtor de ostras da Europa, e fornece ao mercado cerca de 130.000 toneladas anuais. Também são os maiores consumidores: média de 50 ostras por pessoa/ano.
Como uma ostra vive de três a quatro anos, os produtores estão prevendo um fornecimento normal do molusco ao mercado francês para este inverno e o próximo, mas para 2010, a colheita será menor e com um custo de produção maior.
"Nós nunca vimos nada como isto, não em tão grande escala. Causa uma certa emoção quando você vê animais, até mesmas ostras, morrendo deste jeito. Estamos todos com medo”. Joseph Costard - Presidente da Associação de Produtores, que representa todos aqueles ao longo da Costa do Atlântico, de Mont St. Michel na Normandia, até a borda da Bélgica.
Agora, uma equipe do Instituto Francês de Pesquisas Marinhas Ifremer, descobriu a terrível causa da mortalidade em massa: as ostras mais novas estavam tão ocupadas desenvolvendo seus órgãos sexuais que negligenciaram o desenvolvimento para resistência ao Herpe-vírus tipo 1 da ostra.
Em detrimento das condições climáticas, com um inverno quente e uma primavera chuvosa, os níveis de plâncton aumentaram substancialmente, as ostras se alimentaram extremamente bem e gastaram bastante energia no seu desenvolvimento gonadal ao invés de acumularem reservas energéticas, tornando-se suscetíveis ao OsHV-1.
Não há cura para o vírus. Talvez uma seleção genética com as ostras que sobreviveram e que talvez sejam resistentes ajude no futuro. Ou talvez seja melhor torcer para que o próximo inverno e primavera não sejam tão favoráveis e molhados.